Um velho casal
Sentado à lareira
Fazia projecto
Para a vida inteira
Bateram a porta....
Perguntaram então:
- Quem é que assim bate
Com tanta aflição ?!
Com voz tenebrosa
Do lado de fora
Respondem : - É a morte!
Abri. Está na hora...
- Vai lá maridinho!
- Vai tu! Digo eu!
No jogo do empurra
Nenhum se mexeu.
O velho triste.
A velha zangada...
Aquela visita
Era bem escusada...
Havia um postigo.
E a morte lá entrou.
Tomou-os aos dois
Consigo os levou....
Adeus, ó projectos!
Adeus, ó porvir!
Quando a morte chega.
Não que fugir.
Felizmente que ela não poupa ninguém se o fizesse mesmo que com raras excepção, este seria horroroso.
2 comentários:
Para longe vá o agouro, oh filho da escola!
Embora, a não queira receber
Ela a ninguém faltará
Porque é tão bom viver
Morrer por que será
Se a vida é estranha
E se tenho que morrer
Porque nasci.
Mas é melhor não pensar
Para mais não entristecer
Tua coragem amigo Valdemar
Nossos aplausos merecer.
Não penses naquela visita
Olha que a vida é bela
Hajam festas de rebita
Para farrares com ela.
Um abraço para ti, meu amigo.
Eduardo.
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