sexta-feira, 5 de março de 2010

Rio Douro= Marinheiro de Água Doce

Quanto mais te olho, mais gosto de Ti
     Tive o privilégio de nascer a escassos metros da margem do Rio Douro, onde os meus progenitores tinham nascido um em cada Lugar  Midões e Cancelos os quais tinham cada qual o seu areio, sendo que o de Cancelos/Sebolido era o maior em toda a extensão do Rio Douro.
Se fui fabricado dentro do Barco e ao meio do Rio!!!.. é, uma dúvida que irá continuar.
 Nasci numa das margens porque no dia 23 Janeiro 43, havia uma cheia enorme,  como tal não era desejável nem aconselhável andar no meio do Rio, ou em cima dele.
     Desde que me conheço que me vejo ligado ao Rio, tive a felicidade de optar e ser aceite para durante vários anos servir a Armada e aí ter conhecido e navegado em vários mares. Tambe naveguei em quase todos os tipos de navios, incluíndo aqueles que eram construídos de madeira.
     Talvez isto ajude a melhor compreender o porquê do grande amor que ganhei e mantenho ao Lago Niassa, como é sabido onde estive diáriamente e durante dois anos em contacto directo. 
 A conversa é como as cerejas!!!...  quando tinha o propósito de registar o dia de hoje como aquele em que foi feita a citada vistoria  que foi aprovada e, terá a duração válida de cinco anos, quase que não me lembrava de referênciá-lo.
 Certo que depois de gerações em que os meus antepassados viverem em exclusivo do rio, eu contino mantendo essa ligação; fazendo com as minhas pescarias à cana dentro do barco ao largo das margens e também assegurar; que enquanto eu existir e me for possivel fisícamente, manterei o meu Valboeiro, como testemunho de homenagear a memória de todos os Pescadores e Marinheiros que tanto trabalharam e amor dedicaram ao seu Rio, mas que um dia os interesses capitalistas de alguns acabaram por privar as gentes ribeirnhas de um direito que lhes deveria pertencer por inteiro.
 Os areios, e a livre circulação das águas para a continuidade da reprodução e captura do Sável e da Lampreia.
Mas que servindo os interesses de uns quantos levaram a que hoje as populações ribeirnhas, ou tenham abandonado esses locais ou então que lá vivem : lhes tenham virado as costas, como criminação a quem lhes tirou esse direito.
 Mas quando somos confrontados com esta triste realidade que os nossos Senhores 230 Deputados na Assembleia da República auferem tanto como 44.000 trabalhadores com o salário minímo nacional. Não surprende alguém que se possa dar ao Luxo de haver quem seja detentor de barcos de turismo no Douro e possa ír á LUA . 

1 comentário:

Observador disse...

Amigo Valdemar
Não é de admirar o amor que sentes por esse rio, pois eu estive poucas vezes em contacto visual com ele, e fiquei apaixonado.
A minha mulher é de Avões, uma freguesia do Conselho de Lamego, e eu quando lá lá vou coloco-me num local onde se vê o rio, e fico ali a comtemplálo, é uma maravilha.
Um abraço
Virgilo Miranda