sábado, 18 de setembro de 2010

BEM-VINDO AO ALENTEJO

O Alentejo seria o Celeiro da Nação. Não fosse para lá ir sacar, tanto pulha e ladrão

Aos muitos Filhos da Escola Alentejanos de quem sou Ammigo e a todo o Povo

Mê querido Filho
        Ponho-te estas poucas linhas que é para saberes que tôu viva.
    Escrevo devagar porque sei que não gostas de ler depressa. Se receberes esta carta, é porque chegou.    Se ela não chegar, avisa-me que eu mando outra.
    O tê pai leu no jornal que a maioria dos acidentes ocorrem a 1 km de casa.
    Por isso, mudámo-nos pra mais longe.
     Sobre o casaco que querias, o tê tio disse que seria muito caro mandar-to pelo correio por causa dos botões de ferro que pesam muito. Assim, arranquei os botões e meti-os no bolso. Quando chegar aí prega-os de novo.
    No outro dia, houve uma explosão na botija de gás aqui na cozinha. O pai e eu fomos atirados pelo ar e caímos fora de casa. Que emoção: foi a primeira vez em muitos anos que o tê pai e eu saímos juntos.
    Sobre o nosso cão, o Joli, anteontem foi atropelado e tiveram de lhe cortar o rabo, por isso toma cuidado quando atravessares a rua.
    Na semana passada, o médico veio visitar-me e colocou na minha boca um tubo de vidro. Disse para ficar com ele por duas horas sem falar. O tê Pai ofereceu-se para comprar o tubo.
   Tua irmã Maria vai ser mãe, mas ainda não sabemos se é menino ou menina. Portanto, nã sei se vais ser tio ou tia.
   O tê mano Antóino deu-me hoje muito trabalho. Fechou o carro e deixou as chaves lá dentro. Tive de ir a casa, pegar a suplente para a abrir. Por sorte, cheguei antes de começar a chuva, pois a capota estava em baixo.
    Se vires a Dona Esmeralda, diz-lhe que mando lembranças. Se nã a vires, nã digas nada.
    Tua Mãe Mariana
Ps :- Era para te mandar os 100 euros que me pediste, mas quando me lembrei já tinha fechado o envelope.

Só poderia mesmo acontecer no nosso querido Alentejo!!!
Um homem da cidade desloca-se ao Alentejo para assistir ao funeral do Alentejano seu Amigo. Qual o espanto quando vai para entrar e depara com um  Pote cheio de Creme, por onde as pessoas metiam a mão e levavam algum Creme que passavam pelo cadáver e lá ficava. Surpreendido dirigiu-se à Viúva e perguntou :
 - Minha Senhora ;é costume fazer-se sempre isto aqui no Alentejo? Responta pronta :- Nã Nã ié, é mesmo a primeira vez. Ele que pediu em vida para ser cremado e estamos a respeitar a vontade dele,  meu querido falecido Marido.

6 comentários:

António Querido disse...

São castiços, NÃ SÃO!
Com esta fizeste-me lembrar do meu amigo "CANSADO" que esteve também no NIASSA, e Empresário em ALCÁÇOVAS!

Um abraço também para ele

Observador disse...

Ó Amigo Valdemar, não sei onde vais descobrir estas pérolas, mas que deixam um Homem bem disposto, lá isso deixam.
Um abraço
Virgílio

Observador disse...

Ó Amigo Valdemar, não sei onde vais descobrir estas pérolas, mas que deixam um Homem bem disposto, lá isso deixam.
Um abraço
Virgílio

Observador disse...

Não sei o que se está a passar, já ontem escrevi numa tua mensagem, e ficam dois comentários, agora mesmo acabei de escrever aqui, e aparecem duas, e o curioso é que uma delas tem a hora 11.35, quando foi escrita agora mesmo, não sei que mistério é este, vou ver o que acontece agora.
Tenho colocado comentários noutros blogs e parece-me que não ficam repetidos.
Vamos ver

Tintinaine disse...

Vou também escrever qualquer coisa para ver como isto se comporta.
E a do alentejano já conhecia, mas a gente ri-se sempre quando elas são boas!

Edum@nes disse...

Mê amigo Valdemar, diga-me lá se o alentejano tê ou não razão?
Pense bê, se os acidentes aconteciam a menos de um quilómetro de sua casa, para sua própria segurança, ele pensou e com razão que seria melhor mudar-se para mais longe de onde os acidentes aconteciam!
Escreveu ao filho dizendo que sua irmã ia ser mãe, portanto, como não sabia se era menina ou menino, tambèm não sabia se iria ser tia ou tio.
A explosão da botija de gás contribuiu para a sua primeira saída de casa juntos. Será que ela está a mentir?
Quanto ao, atropelamento do, cão joli, certamente, ou tinha o rabo muito comprido ou foi a parte do corpo onde ficou ferido, por isso acharam melhor cortar-lhe o rabo, para não criar infecção!..
E agora diga lá amigo Valdemar, porque razão foi ela a casa buscar as chaves suplentes, do carro, se a capota estava em baixo?
Se vires a Dona Esmeralda, diz que lhe mando lenbranças.Se a não vires não digas nada. Afirmação correcta.
Quanto aos botões de ferro pesarem menos nos bolsos que pregados no casaco, também penso que o disse com alguma convicção e conhecimento de causa?
Esta faz-me lembrar um meu conterrâneo Alentejano, claro! Assim como eu. Um dia ia mantado no seu burrinho, e transportava uma canga as suas costas, passa por outro compadre, que lhe pergunta! Por que leva vocemecê a canga às costas? O compadre que ia montado no seu burrito, respondeu é para pesar menos ao burrinho!..
Um abraço amigo Valdemar e manda muitas destas. Gostei.