Matar Saúdades
O Mar e a Marinha Mercante
Já fazia tempo que tencionava - me deslocar a um Porto de mar, onde me fosse possivel matar saúdades de ver os navios atracados aos cais e, protegidos por uma muralha. Mas também sanciar a saúdade que sentia de apreciar um navio a apróximar-se do local : onde os rebocadores depois se encarregam de os atracar ao cais.
Devo confessar que não foi necessário esperar muito tempo e, verdade é que mais dois se apróximavam do paredão para a mesma operação. Não sei se foi um momemnto de sorte ou se o Porto de Matosinhos ainda recebe quantidades grandes de embarcações.
Quando deparei com o estado em que se encontram os barcos de pesca foi desolador; infelizmente nada que eu não esperasse, mas constatar com esta triste realidade"in loc" é penante.
Como a própria fotografia de cima atesta:- em nome não sei de quê!.. e, para servir os interesses dos grandes senhores: obrigam a que os nossos pescadores se vejam obrigados ao abandono das suas artes e, que eram as suas grandes paixões, mas também a única fonte de rendimento.
Percorri toda a marginal desde Matozinhos à Ponte D. Luís; atravessei para Gaia, percorrendo toda aquela zona até à Afurada e, sinceramente é altamente desolador, quem como eu já conheci aqueles locais amontoados de embarcações, redes e pescadores. Na Afurada ainda encontrei quatro velhos Pescadores remendando as suas redes tend-me dirigido a eles- dizendo-lhe:- que também eu fui Pescador no Douro e, que ainda lá mantenho o meu barco Valboeiro; que durante largos anos fui marinheiro e, a paixão que tinha pela pesaca e Marinha Mercante. Com as lágrimas a caírem-lhe e, a muito custo, a soluçar com a vós embragada, lá me foram foi dizendo: que faziam aquilo para matar o vício e, que de quando em vez lá votavam as redes a pescar, mas que o ffaziam por amor, já que em termos económicos não era rentável.
Despedi-me com um abraço e uma lágrima também, já que a injustiça de que são vitímas é a mesma que nós no Douro e, com a Construção da Barragem Lever Crestuma fomos penalizados e arredados. Tendo-nos retirado o pescado do Sável e Lampreia e nos proibem de pescar as outras espécies lá existentes com redes, preferindo e deitando lá espécies que se vão devorando entre si sem que a nós moradores a quem o rio e, o que dele advém nos deveria de inteira justiça pertençer e, por direito póprio ser das gentes ribeirinhas.
1 comentário:
Muito bem Amigo Valdemar
O amigo sente estas coisas, e relata-as com paixão, é importante que possamos ir desabafando,senão algum dia ainda explodimos.
Estou a ver o teu Sporting, e o Rui Patrício fez já umas boas defesas,vamos ver se aguentam, porque nos primeiros 25 minutos estão a ir bem.
Um abraço
Virgilio Miranda
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