A Língua da minha Vizinha é pior que a minha
Carpideiras nos dias de hoje
Qualquer da minha vizinha tem uma lingua, pior que a minha.
Minhas vizinhas descontrolam
Gritam mas não as condeno
Afirmam que se mandassem
Eles íam para o Campo Pequeno
II
Tanto que da Direita eram
Que agora são do martelo
Dizem que agora percebem
Que, razão tinha o Otelo
III
Mas os da Rinserção Social
Dizem que falam da vida alheia
Ou que elas baixam a bola
Ou as mandam p´ra Cadeia
IV
Dizem; calem-se e não falem
Como está!... assim está bem
Não trabalhamos e recebemos
É isso que nos convém
V
Já dizia o Santa Comba
Ajuda-me não sejas côca
Só trabalha quem é Burro
O esperto ganha-o cô a boca.
VI
Mas elas não se amedrontam
Porque lhe faltam os tostões
Dizem- se fartas da cambada
Que são corjas de Ladrões
VII
Dizem que são mais que muitos
Muitos mais que, os Tubarões
Mas aqueles que sobrarem
Que os mandam p´rós Leões
VIII
Disse-lhes que não concordava
Porque estão infestados demais
Poucos ou nenhuns sucumbiam
Matariam isso sim,os animais.
IX
Vizinhas; vá lá tenham calma
Deiam ouvidos aos seus vizinhos
Deixem parasitar essas pestes
Mas poupem meus Leõezinhos
1 comentário:
Estão uma maravilha, Amigo Valdemar,como eu os invejo, por essa veia Poética,que não sei porquê, não sobrou nada para mim, continuação é o que se pede.
Um abraço
Virgilio Miranda
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