terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Prisão e Presos na Marinha


Tempos houve: em que na parte inferior e, do lado direito onde se realizaram matrimónios


Voltar ao trabalho:- Histórias na Prisão e Presos da Marinha no Grupo 2 E.A. Alfeite 

                    I
Derby já pertence ao passado
P´ra vergonha já me chegou
Vou mesmo encerrar o assunto
Parabéns para quem ganhou
                   II
Vou voltar a falar de novo
Da minha  seguunda Mãezinha
E da Escola Nº2 da Armada
E da prisão que lá se tinha
                 III
Vou vos contar uma história
Se calhar que ninguuém contou
 Presos Foram ao Monumental
 Ao espectáculo da Sande Show
                  IV
Para saírem da Prisão
Um buraco no tecto fizeram
Quando acabou regressaram
Cumpriram o que escreveram
                V
Também fui escoltar vários
Ao Hospital da Marinha
Nunca nenhum me fugiu
Mas que sorte foi a minha
              VI
Não fugiram porque não quizeram
Reparem no constatado
Porque nunca fui capaz.
De levar alguém algemado
           VI
Nem todos somos iguais
Há uma diferênça medonha
Sentia que não era capaz
Porque tinha imensa vergonha
             Nota:-
Já não me recordo de seu nome:- Mas um Comandante do Grupo dois, (por sinal uma pessoa espectacular), deliberou que quem arranja-se um Marinheiro que assumisse a responsabilidade  de o acompanhar dava cinco dias de licênça aos presos.
Tinha conhecido um grumete embarcado comigo num Draga-Minas que, também não me lembro do seu nome( devo confessar que sou fraco na fixação dos mesmos) ," um camarada espectacular" que o seu Pai era Empreiteiro se, a memória não me falha em Queluz?" e, que se embrulhou com uma miúda  da Cova,  "que como era costume já tinha o papel preenchido era só meter o nome do Marujo", foi fazer queixa do citado  à Marinha, que ele a  tinha sido desonrada ( nesse tempo as catraias não eram violadas, nem haviam testes comprovativos da virgindade),como ele não aceitou casar foi preso. ( como devem saber faziam-se ali alguns na sala uns metros ao lado  do gabinete do Oficial Dia) Casavam e tudo bem!...saíam em liberdade.
     O caricato é!... que o tempo foi passando e, ela enamorou-se  por outro, por sinal um cabo músico da Marinha,  queriam casar-se e, não podiam porque  a queixa estava a correr no Tribunal da Marinha.
 Então acontecia:- que nem ela podia casar; nem era solto até que o problema ser resolvido.
Foram -lhe cedidos os tais  cinco dias. Falou comigo e acedi  imediamente, não ppoor dinheiro, porque nunca aceitaria, mas porque era seu grande amigo do pouco tempo que estivemos embarcados. 
     Chegado o dia; ele foi para casa dele lá para Queluz e, claro levou a arma, ao cabo dos cinco dias, veio ter comigo ao Bairro e, tudo correu às mil maravilhas.
Mas:- Lembra a sabedoria popular e que quase nunca se engana; que tantas vezes o Cântaro vai à Fonte que um dia deixa lá a asa.
     Foi o que  aconteceu a um M Fogueiro, aceitava em troca de uns gravetos e dizia-se que não eram poucos, que escultava em troco disso qualquer um, ( ele ficava em Setubal e o preso lá ía para a terra dele.
 Um dia  foi com o Fragata ( Puto reguila da D. Fernando), o bom do Fragata dirigiu-se à  Ponta de Sagres, coloca a Farda  bem dobradinha em cima de um Rocha  escreve  um Bilhete com os seguintes dizeres:-.
 O Fragata despede-se aqui.
Toda a gente que não o conhecesse pensava que o Escola se tinha deitado a afogar, mas  passados  uns tempos:- O Fragata lá deu à costa. Andava em Marrocos a trabalhar na única arte que tinha e que tanto gostava:- "O gamanso" Num dia de menos sorte tinha  sido preso..
Como sabem enquanto isso quem ficou em maus lençóis foi o Setubal.   
O tema está aberto.
Agora digam da vossa justiça.

Sem comentários: