domingo, 28 de março de 2010

1ª Páscoa como Marinheiro na Terra

Porque hoje é Domingo de Ramos 
Raminhos das Minhas Oliveiras
     Hoje quando me deslocava da Pastelaria/Padaria, depois de dar um bocado à badalhoca e  me actualizar com as notícias vindas na imprensa diária, lá fui interceptado por um Irmão que tem essa doênça de ser festeiro e tirar a bacia ao acabar damissa e lá tinha  o respectivo ramo, daí a minha inspiração. Ainda é o que era.

Os meu primeiros cinco dias de férias pela Páscoa





Procissão das Malguinhas.
A secular procissão que já leva mais de 300 anos onde chega a juntar mais de 50.000 malguinhas, onde tem lugar o "Sermão de Encontro" entre Jesus....em Entre-os-Rios.
    No dia seguinte a procissão parte à tarde de Entre-os-Rios para o Torrão
Festa das Endoênças :- Marinheiros e Policias da P.V.T.
    A minha Companhia a 7ª era constituída por pessoal a partir de Coimbra, acontece que eramos três a escassos quilómetros de Entre-os-Rios, acontece que os três tivemos direito aos respectivos cinco dias.
    Chegado ao Porto aconselhei os  meus amigos Filhos da Escola Joaquim e Moura,Nºs 19519 e 19522 respectivamente a apanhar a Camioneta até à minha Terra Sebolido e dali eles seguiriam os dois na minha bicicleta a pedal até casa e nos encontrariamos à noite, para assistir à Procissão das Endpoênças, onde iriam conhecer uma prima do Joaquim e me seria devolvida a bicicleta.
Mas que grande Bailarico!!!!!
Quando à noite os meus amigos se deslocavam para o local onde tinhamos combinado o encontro eis que são interceptados pela P.V.T. (Polícia de Viação e Trânsito que os manda parar e aprendem a bicicleta, já que não levavam documentos, e seguiam sem luz.
   Esperaram que eu chegasse e depois os três  foi o dito e o bonito: nós cheios de papo ou não fossemos Marinheiros Maçaricos. Um dos Agentes deu-nos um baile tremendo e foi-nos dando corda, que por sinal era o mais antigo, depois e quando resolveu parar a brincadeira deu-nos os parabéns e disse-nos que escola tinha ele, porque tinha servido na Armada quase cinco anos e tinha sido Marinheiro Artilheiro e ainda teve tempo para nos dar uma série de Conselhos, que se vieram a tornar importantissimos.
  Ficamos com uma fdaquelas cacholas e apesar de acabar com a dedspedida em abraços, nunca mais me esqueci desta lição.

A Páscoa na Minha Aldeia
Ovos Tingidos com Ervas Arranha Gatas

O Domingo e Segunda - Feira de Páscoa eram dias de Festa Rija.
Se nas festas das cruzes no dia três de Maio que se desloca do Lugar de Serradelo para Oliviera do arda, Lugares da Freguesia  da Raiva Concelho de Castelo de Paiva, quando se avistava a procissão ninguém deitava as redes, porque dizia-se que em tempos ídos tinha havido um pescador que o tinha feito e tinha pescado uma rede cheia de ossos, o mesmo acontecia nas sextas-feiras  às 15 horas (hora  da morte do Senhor) o mesmo acontecia, porque todos a essa hora guardavam com religiosidade esse minuto. 
Mas o Domingo e Segunda de Páscoa fica para outro artigo.

3 comentários:

lmdoliveira disse...

Um saco de ossos? A sorte que ele teve em ser uma proposição em tempo de Páscoa . Olha se fosse uma manifestação a comemorar o 25 de Abril, vinha a rede cheia de aldrabões!

lmdoliveira disse...

como é natural queria escrever procissão!!!

Anónimo disse...

Amigo Valdemar:
Claro que me lembro desses tempos de criança em que fstejávamos o domingo de Ramos, a Páscoa, o Compasso, etc.
Houve até uma CENA que guardei e que não mais esqueci passada entre os meus pais, ali por 1954:- « O abade e o resto do Compasso davam entrada lá na entrada da propriedade e a campainha dava o respectivo sinal, os meus pais e todos os filhos já na sala à espera que a cruz, o padre e o resto da comitiva chegassem até ao reduto familiar e não é que o meu pai e a minha mãe se põem numa disputa, que se repetiu umas cinco vezes em que a mãe punha numa salva a nota, creio que de 50 escudos e no imediato o meu pai retirava a nota, a mãe colocava a nota e o pai retirava-a... Esta partida do gato e do rato na frente dos filhos, durou até quase, quase a entrada do homem da cruz e a nota acabou por ir parar ao bolso do abade... »
Histórias de outros tempos em que entravam padres, opas, cruzes, ajudantes, campainhas e dinheiro, quase me esquecia do principal, da nota de 50 escudos no ano da graça de 1954!...
UM GRANDE ABRAÇO!
PIKÓ