Lourenço Marques = Palavras para quê?
Maravilhosa Cidade de Lourenço Marques hoje Maputo
Alertar para ajudar a prevenir = Sìfílis e SIDA
Quando consultava a imprensa diária de hoje deparo e registo com enorme alegria que o documentário da SIC assinado pela Jornalista Cândia Pinto trabalho este que fala sobre de crianças moçambicanas que sobrevivem sózinhas, porque os seus pais morreram de complicações provocadas pela SIDA.
Que o Documentário "Eu e Os Meus Irmãos". Foi distinguido com o prémio Imagem no FIGRA( Festival Internacional de Grandes Reportagens e Documentários), que se realizou neste passado fim-de-semana em Touquet França.
Certamente que os fundos que daí advierem irão ser preciosissimos para ajudar a "Associação Não Goveramental". que já foi criada com fundos havidos de iniciativas anteriores.
Sifílis uma doênça fatal, se não for tratada devidamente.
Uma outra reportagem que me tocou e toca profundamente foi lida no Jornal a Bola de hoje e que respeita a SIFÍLIS. doênça que vitimou o primeiro atleta Olimpíco Português António Stromp.
O amor que nutria por Moçambique era forte e não seria necessário ter ficado com esta recordação, mas aconteceu.
Na vespera da independência e depois da despedida de uma namorada fadista branca, que tinha partido dois dias antes para Lisboa, decidi como muitos outros fazer a despedida com uma Moçambicana.
Depois de já ter entornado uns copos de wisky, com pau de Cabinda misturado "a primeira e única vez que experimentei" lá me apareceu uma daquelas café com leite que puxava mesmo e como tal vai que chuta.
Foi uma noite vai que bota e satisfeitinho da Silva em condições normais daria para recordar até Luanda.
Mas passados uns dias o corpo começou a ficar-me cheio de pontos vermelhos e com muita comichão.
Dirigi-me ao médico e ele disse-me que era falta de Glóbulos Vermelhos no sangue, mas que quando chegassemos a Luanda uns dias de praia e tudo estaria resolvido.
Luanda =Angola
Frangas em Luanda em Vespera de Partida
Chegado a Luanda: com tanta franga cativante que por ali havia era um ver se te avias, a vida continuou e eu sem saber como andava.
Hoje quando leio que há muitas dezenas de anos todos os Jornais e Revistas anunciavam um tal Depruvatal prometendo cura e refrigio "Tirava rápidamente a dor ao sifílitico, trazia-lhe logo de começo apetite, bem estar, sossego de espirito; faz-lhe parar a dor por completo placas, chagas feridas pesadelo e tonturas de cabeça" cada bisnaga custava 1$50 (um escudo e cinquenta) uma pequena fortuna naquele tempo, mas não, não tratava nada, não suavizava nada, se foi percebendo-se depressa.
E por isso, António Stromp passou cinco anos de calvário, até que a terrivel doênça o levasse. Doênça que só começou a ter cura após o aparecimento de penicilina, por volta dos anos 50, mas uma cura relativa, porque ainda conheci marinheiros que não se curaram totalmente.
A sorte bafejou-me porque fui curado e as minhas filhas não foram afectadas conforme me tinha garantido pelo médico da Marinha que me tratou. Mas que num filho que me nasceu Encêfalo e uma ignorante Enfermeira ligou os casos isso penalizou-me fortemente. Interferiu durante uns anos na minha vida e de que maneira.
Trouxe aqui este tema primeiro alertando e criminando o oportunismo dos lucros farmacêuticos desse tempo, que vieram a ser relembrados agora com a propagandeada Vacina da Gripe A, que deu entrada nos cofres do Produtor Americano de Biliões, e diurante meses trouxe milhares de pessoas em tremideira permanente.
Prova provada, que não há tempos nem melhores nem piores para aqueles que não olham a meios para alcançar fins. estando se borrifando para o sofrimento alheio.
Convictamente acredito que dias melhores virão.
Segundo porque infelizmente no nosso Pais ainda aparece nos recem-nascidos esta doênça e muito mais em Moçambique, que se não for em devido tempo tratado é doênça Mortal.
1 comentário:
Amigo Valdemar:
Só ao citares LUANDA vais reavivar em mim muitas e belas recordações e também algumas más que num contexto de "CONFUSÃO", como os angolanos chamavam à guerra, seria impossível não acontecer!... Para lá de tudo isso, foi muito bom o contacto com culturas tão diversificadas das nossas, a começar pelas línguas nativas, que chegavam a cativar o nosso interesse, as suas danças, talvez mais antigas que os dialectos, a simples forma de vestir e arranjar os cabelos, etc, etc.... O quimbundo, o quicongo, o umbundo e um quarto dialecto que era praticado no Cuando-Cubango e de que já se me varreu o nome, e que a linguagem era muito mais primitiva, mais gestual, à base de estalidos com a língua e os lábios e que não íamos admitir que pudesse existir, mas que é real...
Não cheguei a Moçambique, mas pelas vossas histórias, dá para perceber que se trata de um país lindíssimo, com povos e culturas diversificadas e fiquei espantado quando soube que os dialectos são mais de trinta!... Um espanto!
Adorei estas recordações, porque fazem bem a todos nós!
UM ABRAÇO!
PIKÓ
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