segunda-feira, 29 de março de 2010

As Fraldas e os Politícos = Eça Queiróz




Escreveu Eça de Queiróz há mais de um Século.
  Os Politícos e as fraldas devem ser mudadas pela mesma razão. Foi Eça de Queiróz que a escreveu há mais de um Século. Como infelizmente está tão actual nosso País.
   O que diria hoje ao ser confrontado com os casos de que se vão tomando conhecimento que envolvem a Igreja Cristã e a suspeição de pedofilia que recai em padres cá do sitío?
        Como este mais recente do caso que envolve um padre do Porto!!!!!!!!.
    Em todo o tempo tenho evitado em falar do lado negativo de responsáveis de paróquias, ou Capelães, mesmo que tenha sido ameaçado e prejudicado algumas vezes noutros tempos por não ser crente.
 Caso concreto em Metangula/Niassa.
 Mas isso são contas de outro rosário.
     Que  diria Cristo nesta semana de crucificação!!!!! Se lhe fosse dada a possibilidade de cá vir e ser-lhe dada a possibilidade de saber quem o rodeia e em nome dele domina o burgo a seu belo prazer. Estou conviccto que morreria de desgosto.Ou então faria justiça pelas próprias mãos.
  
Falando sobre este tema cruxificações e enterros, veio-me à mente o seguinte;-  em tempos idos,sempre que por cá morria alguem ligado ao burgo, tinha um funeral, onde havia direito ao Pálio e vários sacerdotes. 
     Durante o percurso faziam uma cantoria continuada, então quando o falecido chegava à porta  da Igreja, parava e dizia um dos Padres:-com aquelas ervas Insenso dentro que fazia uma forte fumarada e dizia:- Entra- Entra 480, "estes  número era os escudos que levavam pelo tarbalho"
repetia até que o dinheiro fosse colocado na saquinha que era transportada por um outro padre, e assim continuava, quando entrava o dinheiro dizia um outro Reu- Catrapéu, é defunto vai pró Céu .
Respondia o outro:- Vá que não vá o dinheiro já cá está.
Posto isto o caixão entrava para dentro da Igreja.

1º Padre =Entra, entra, quatrocentos e oitenta.
2º Padre =Réu - Catrapéu é defunto vai pró Céu 
3º Padre = Vá que não vá o dinheiro já está. 
Nota: Esta quadra da Páscoa teve para mim na minha Juventude muitos momentos inesqueciveis e que ainda hoje  sigo essas tradições dos tempos dos meus avôs e que passaram para os meus Pais, deles para mim e que ao que tudo indica irão ter continuidade nas minhas filhas. O Folar os Ovos Tingidos, a Lampreia, etc. são coisas a continuar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ó Amigo Valdemar
Como já deves ter percebido pelos meus escritos, sou uma pessoa, introvertida, que passo dias em que não me apetece falar, e não sou pessoa normalmente bem disposta, a vida tornou-me assim, e não há nada a fazer, mas já não é a primeira vez que aqui no meu cantinho(a patroa já foi para a cama)me fazes rir com as tuas histórias, esta dos quatro-centos e oitenta paus está uma maravilha.
Continua com as tuas histórias, que tens pelo menos um leitor aqui preparado para as receber.
Um abraço
Virgilio Miranda

Anónimo disse...

Amigo Valdemar:

Oh amigo Valdemar, tens aqui um artigo e peras!
Primeiro que tudo, tenho de reconhecer que acompanhaste bem de perto todas aquelas exéquias e memorizaste-as quase na perfeição!
O Virgílio, tal como eu, acha muita piada aos 480 PAUS, que hoje eram uma pequena fortuna, se entrarmos com a valorização da moeda!...
Lembras-te da minha outra memória, onde entrava a nota de 50 escudos, a época era a mesma, mais ano menos ano, só os padres seriam outros!
Morávamos já em freguesias diferentes mas muito próximas, mas a história é tão igual!...
Depois vamos esclarecer uma coisa e falando seriamente: « É fundamental perceber hoje, antes do mais, que as religiões foram todas elas feitas pelos homens e nunca feitas por Deus, como abusivamente todos dizem, porque nem um imbecil acreditaria que o supremo Deus andasse a criar centenas e centenas de religiões... Lógico, que só arranjaria uma única religião e ponto final!
É ou não verdade, que quando uma pessoa nossa amiga, ou com quem lidamos regularmente, tem hoje uma forma de ver uma situação e passados uns dias surge com posição diferente, nós de imediato consideramos que esse mortal é pessoa de duas caras... e somos capazes de o dizer de duas maneiras distintas, conforme se trate de assunto sério ou menos sério... Com toda a tranqueza, não estou a ver um Deus com duas caras e muito menos com centenas de caras, tantas são as religiões que proliferam neste nosso planeta, originando até grandes dificuldades aos humanos, quando estes decidem optar por alguma! »
Peço desculpa se fui maçador e chato, mas quero confessar no blogue do meu grande amigo VALDEMAR, que respeito muito todo o ser humano que decidiu professar uma qualquer religião, mas tenho o mesmo respeito por todo aquele que de igual modo decidiu não professar nenhuma religião!
Merecem de mim o mesmo carinho e o mesmo AMOR!
UM ABRAÇO!
PIKÓ