Cancilheiro das 2h30m da manhã
Quantas histórias
Houve Sol no meu País
Depois de um dia, aqui no recanto da minha aldeia e, sob o controle da minha cara-metade; que não está com ideias de me dar baldas nem férias de Carnaval, pois barafusta que a sementeira da batata,é que é importante e, um marujo na reserva AB a caminho dos setenta: o que tem a fazer!... Lamentar-se e obedecer!... não vá saír o rabo da enchada, já que o outro anda arísco. Mas mesmo assim e, valendo-se da malandrice adquirida :- lá me fui conseguindo baldar e, lá fui plantando duas laranjeiras e duas pereiras, aproveitando também para dar uma fugida argumentando que tinha de escoar ; a água do meu barco, só para me procurar livrar de cavar a terrs com o gadanho, pois cá na quinta as máquinas não tem acesso.
Claro que nesta de ir ao barco; vá de aproveitar a boleia : pegar no carro e, ir à livraria para dar uma espretade-la pelas notícias da imprensa diária.
Mais uma vez que a montanha pariu um rato.
Chegado quase a anoitecer; ía caíndo o Carmo e a Trindade. Ligo a Televisão; sempre mais do mesmo. Sinceramente que já não tenho pachorra para ouvir essa gente:-
Vou apenas dizer:- o que os Camaradas falam nos Comentários está lá tudo. Então disse eu:- Hoje vou falar do Cacilheiro das duas e meia da matina que partia do Cais de Sodré para Cacilhas.
Lembrei-me do meu Amigo Zé Viana e, não resisto a recordar:-
Sou Marinheiro,
Deste velho Cacilheiro
Dedicado Companheiro
Pequeno Berço do Povo
E Navegando
A Idade foi chegando
O cabelo branqueando
Mas o Tejo é sempre novo
Verdade que os rios são eternos e, como tal os anos não lhes pesam mas que a incúria e atrocidades dos humanos o tentem e para servirem os seus interesses pessoais , vão-lhe desferindo golpes terriveis.
Muitas foram as vezes aquelas que atravessei no Cacilheiro de última hora; já que durante longos períodos tive quarto na Cova dfa Piedade, em outras saltava o muro ou entrava por um dos locais onde a rede estava furada.
Não resisto a contar uma história ocorrida por volta do ano de 76:- Contava-se uma anedota:- tinha caído um homem ao Tejo no Caciheiro, no qual ía o Almirante Rosa Coutinho; pegaram nele e atiraram-no ao Tejo; lançam uma bóia e, o Almirante consegue agarrá-la e, assim lá consegui salvarse salvando também o naufrago.
Um amontoado de Jornalistas pergunatam:- Senhor Almirante o que tem a dizer a este acto heróico.- Tenho a dizer que se soubesse quem me atirou à água partia-lhe a cara, então o sacana sabia que eu não sei nadar.
Mas a história que me preparava para contar:- Entra um individuo para o Cacilheiro para um Bordo e para o outro. gritava insistentemente :- vou-me deitar ao Tejo; vou-me deitar ao Tejo e, gritava sempre continuamente Vou-me deitar ao Teejo - Vou-me deitar ao Tejo.. Occorreu-me a anedota e, disse para a nmeia dúzia de marujos que lá íamos fardados: eu vou lá para cima para a primeira classe:- não vá fazer o mesmo a algum de nós o que fizeram ao Almirante!....
Andaram M de tempo a tentar salvar o homem; chegou mesmo a bater no costado do Cacilheiro, mas quando ummarinheiro se preparava para descer pela escada de quebra-costas ele afundou-se. Mas até isso acontecer terá demorado cerca vinte minutos e, ele acabou por se afogar -se
. Por esse motivo o cobrador de bilhetes não foi lá e, viajamos de graça.
Não sei se o conhecimento da anedota terá ajudado e, evitado quealgum de nós yivesse ído tomar banho,quem sabe sem retorno. Já que os passageiros era tudo a monte e, havia aquela:- é Marinheiro sabe nadar!..... Só que com os remoínhos; mesmo sabendo não havia hipótese.
Tive outra mas fundeado no Mar da Palha;- debrucei-me na Ponte e tinha recebido nesse dia era segundo grumete e, recebi 50$00, usava-se o porta moedas chamdo cona d´Égua tinha o bolso da camisa desabetuado e ele caíu ao Tejo foram várias vezes que me lembrei atirar ao rio, mas lembrava dos Remoínhos. Resisti. Foi um mês terrivel.
Lá tive que andar a fazer vales diários de 2$50, sempre dava para o café e comprar o Jornal Diário Popular, que trazia dois problems de palavras cruzadas.
Recordações guardadas no meu Baú
3 comentários:
Recordar é viver,vai contando que o Pessoal gosta,mas como também és agricultor,segundo leio aqui neste comentário, explica lá como é que eu consigo enganar os coelhos bravos,e ser eu a comer as couves em vez deles, até fiz uma vedação com rede miúda metálica,e os gajos roem a mesma, quando não saltam por cima dela,como isto é zona onde não se pode caçar são ás dúzias, comprei um granulado muito mal cheiroso e caro, mas não resolveu, aceito sugestões, se resultar, pago em couves.
Um abraço
Virgilio Miranda
Se tiver luras aí dentro enche-as d´água que eles saiem para fora; metes uma rede na boca e eles enfiam-se pela rede dentro. Depois é trocar-lhe as couves pelo arroz.
Outra ideia é mandares fazer um alçapão.
Há ainda uma armadilha que se faz e eles também lá ficam.
Outra ainda é meteres diáriamente uns faduchos que o tintinaine está a meter no Bolgue dele, mete lá uma caneca de carrascão tinto, quando os tipos estiverem pielas é fácil os apanhares.
Isso mais a sério: os tipos que íam ao Alentejo carregar cortiça, era normal virem coelhos no meio dos fardos depois fazem luras e andam alí. Quando querem comer algum, é como te disse em primeiro: deitam água nas luras e com a rede apanham.
Virgilio um abraço e parabéns pelas fotos e o regresso ao teu Blogue. Força e aquele Abraço.
Só uma ilucidação trabalho uns campitos meus, mas sem compromisso,estou interessadissimo é desfrutar dos prazeres da vida, o resto é calmaria.
Amigo Valdemar
Obrigado pelas dicas, talvez experimente aquela do alçapão, porque assim pode ser que ainda consiga comer algum.
Também comecei a semear umas hortaliças, depois de me reformar, porque comecei a ter tempo demais para pouco trabalho,e fui inventando,comecei com canários,mas continuava a sobrar tempo,a fazer umas caminhadas, coisa que só fiz na Briosa e porque a isso me obrigavam, e agora descobri a internet, e assim já vou tendo os dias mais ocupados, aconselho quem possa ler estas linhas e que ainda não esteja aposentado, a que se prepare, pois quem leva uma vida de trabalho, e depois pára de repente, é complicado, não façam como eu que só dei por isso quando reparei que me sobravam vinte e quatro horas por dia sem nada que fazer.
Um abraço
Virgilio Miranda
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