terça-feira, 27 de abril de 2010

Marinha e as lutas travadas pela Liberdade

Um Marinheiro Membro do M.F.A. 
Comandante Vitor Crespo
Vítor Manuel Trigueiros Crespo, portomosense e revolucionário, foi protagonista da Revolução dos Cravos tendo sido mesmo o único oficial da Marinha de Guerra a participar no 25 de Abril de 1974.
   Membro da comissão coordenadora do Movimento das Forças Armadas; Alto-Comissário e Comandante das Forças Armadas em Moçambique até à independência desta ex-colónia, em Junho de1975; Ministro da Cooperação no Governo de Pinheiro de Azevedo (VI Governo Provisório) e membro do Conselho de Revolução até 1982, foram algumas das funções que este ilustre portomosense desempenhou com paixão e mérito ao serviço do país.
 O Almirante Vítor Crespo, actual director da Biblioteca da Marinha, deu um importante contributo para a conquista da Liberdade.
    Muitos dos Oficiais após o 25 de Novembro de 1975 refizeram as suas carreiras. Mas muitos outros viram a sua progressam interrompida.
    Vice Almirante Vitor Crespo,  Oficial- General de três estrelas tem uma pensão mensal a rondar os 2.500 euros, recebendo abaixo dos 80% dos Oficiais com aquele posto. Mesmo que se tenha mantido nas fileirars até ao limite de idade.

Um Marinheiro, Uma Criança e Um Cravo de Abril


Jamais imagens como estas se podem apagar das nossas memórias.


O Associativismo e as lutas das praças da Armada.
Estava lá e senti enorme felicidade. 
   Em plenário, que encerrou com o Auditório da Escola Naval cheio de Delegados, que representavam , mais de 80% das praças da Armada.
A CDAP "Comissão Dinamizadora Associativismo  Praças",foi instituicionalizada.
    Os oficiais mais reaccionários e os "esquerdistas" em geral sabiam que a democratização das Forças Armadas era uma questão decisiva para o avanço do processo. Por isso, procuraram atraír à luta contra a democratização sectores de oficiais e Sargentos.
Foram conseguidas conquistas substânciais..
Conseguimos com presenças em cima dos acontecimentos nas unidades, abortar muitas coisas que aqueles senhores  puseram  em Marcha.
    Foi uma das batalhas que a CDAP venceu.
Conseguimo-lo, em conjunto com Oficiais e Sargentos progressistas, até ao fim da nossa intervênção (26 de Novembro de 1975).
Valeu a pena lutar.   
O maior ensinamento que se pode tirar da luta que se travou entre as praças da Armada  é que valeu a pena lutar.
     Quem lutou e viu os passos que se podem conquistar com a luta não pode deixar de considerar que a luta é o único caminho que os trabalhadores e os povos, em qualquer actvidade em que estejam, têm na sua frente para se libertarem da opressão e da exploração, das perseguições e injustiças e também da Guerra.
 "Camaradas" é a única forma como os militares se tratam uns aos outros.
Foi mais um Euro milhões de que defrutei e desfruto por ter sido mais um.
  Em todos estes anos tenho recebido muito, para o pouco que dei.
    VIVA A MARINHA. VIVA O POVO PORTUGUÊS: VIVA PORTUGAL, O MEU PAÍS.

"Recessão foi quando o vizinho perdeu o emprego.
"Depressão é ou vai ser quando perderes o teu:
" Recuperação : Será quando o Sócrates perder o dele.

1 comentário:

Anónimo disse...

Amigo Valdemar
A Marinha esteve bem representada, nas acções que culminaram no 25 de Abril.
Lembro os nomes de Almada Contreiras, que foi dos poucos que chegou a Almirante, e que teve acção preponderante nas comunicações desse dia, o Médico e primeiro-Tenente Ramiro Correia que viria a falecer em África, o Capitão-Tenente Costa Correia, que tomou a sede da P.I.D.E., e tantos outros.
Um abraço
Virgilio Miranda