sábado, 24 de abril de 2010

Não havia Estado Novo nos Poemas de Camões 1974/2010


Dai ao Povo o que é do Povo


Pois o mar não tem Patrões

Dai ao Povo o que é do Povo
Pois o mar não tem patrões
- Não havia estado Novo
Nos Poemas de Camões


Foi a força dos mineiros
 pescadores e ganhões
 operários e carpinteiros
empregados dos balções
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
           II
Porém em quintas e vivendas
Palácios e palacetes
os generais com precendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados,
para darem dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais garanhões
torciam teias de aranha
e eram mais camelões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
 Transcreco com a devida vênia extratos de Poemas do Saudoso Poeta Ary dos Santos
Nota:
       Com o derrube do Estado Novo que durava à 48 anos,  abriram-se as portas das prisões que estavam cheias de presos politícos e a independência às Ex- Colónias, onde morreram cerca de 9.000 soldados portugueses e milhares de mutilados. Sendo que hoje muitas dezenas de milhares de Ex- Combatentes sofrem de Traumas de Guerra. Sendo que a maoiria não tem qualquer tipo de apoio.
  

1 comentário:

Anónimo disse...

Estive com este grande Poeta,e mais umas centenas de pessoas, na espera da soltura dos presos Políticos, a vinte e seis de Abril de 1974, local onde escreveu versos de apoio aos presos que lá estavam, e que por razões que a razão desconhece, só foram libertados na madrugada de vinte e sete de Abril.
Um abraço
Virgilio Miranda