quinta-feira, 15 de abril de 2010

Velhos e Pobres parte II


Este País não é para Velhos "Pobres"
Também o começa a não ser para as Classes médias!!!!
     O apoio médico é escasso, os medicamento são caros.
     Particularmente aflitiva é a situação dos afectados pelas patalogias degenerativas.
     Só a doênça da Alzheimer atinge hoje 100 mil portugueses e respectivas familias.
     Não havendo condições para manter os idosos em , os familiares internam-nos em instituições que, apesar de desenvolverem um trabalho meritório e abnegado.... também não dispõem de condições.
     
Lares e Centros de Dia

Viver e ter um final de vida digno. Deveria ser um direito consagrado
    Os Lares e Centros de dia recebem nas instalações, idosos capacitados, ao lado de outros que padecem de Alzheimer .
    Os dirigentes das instituições não descobrem soluções para esta coexistência, os funcionários não dispôem de respostas técnicas.
    Os utentes e respectivas familias desesperam.
    O panoram só tende a piorar. Já não há garantias de que as reformas cheguem para todos, pois são cada vez menos os que trabalham e têm de sustentar um número crescente de aposentados, e de outros que nada fizeram, mas que lhe são atribuídos benesses nuitas delas com critérios nebulosos.
    Doravante, a solução para quem não é rico ou não emigrou em novo....
     É não chegar a velho!!!!
Mas o que ainda mais dói em tudo isto; é que, se houvesse um pingo de amor pelos idosos no seio familiar, não se assistiria a casos tão aberrantes e de total abandono.
    Sendo em muitos casos tratados "se calhar condenados em tribunal familiar" pelos próprios familiares directos que os seus progenitores praticaram um crime horroroso de ter durado tantos anos,  em muitos casos largas dezenas a trabalhar dia e noite para filhos e netos.
     Que sociedade tão mesquinha e de sentimentos tão crueis.
   Valha em tudo isto as inúmeras excepções. 



2 comentários:

Tintinaine disse...

Este é um assunto muito complicado. Os médicos fazem o que lhes dá mais jeito, vão mantendo os clientes neste mundo, pois depois de mortos não pagam a conta.
As grandes empresas farmacêuticas querem vender medicamentos e aumentar os seus lucros, tanto quanto for possível. E não há melhor mercado que o da 3ª idade.
No início do século XX, a esperança de vida andava pelos 60 anos. Hoje anda aí pelos 77, mas há muita gente a passar dos 90. E porquê? Porque são mantidos vivos à custa dos comprimidos que vendem as tais farmacêuticas e que não estão nada interessadas em perder o cliente.
Eu próprio que sofro de uns quantos males, desde a hipertensão à diabetes, passando por altos teores de colesterol, triglicerídeos e ácido úrico, tenho-me oposto à médica de família e recusado tomar medicamentos para atrasar a doença. A minha desculpa é que prefiro morrer mais novo para não sofrer deste mal que tu aqui referes, mas o problema é se me calha a sorte de uma trombose incapacitante e me deixa neste mundo a dar trabalho a terceiros. Temos que aceitar o facto de que os nossos filhos trabalham e não podem ficar em casa a tratar de velhos. É um mal advindo da forma como a sociedade evoluiu. É um dos piores males da sociedade de consumo, a necessidade de ganhar dinheiro para fazer face a despesas que poderiam ser dispensáveis se se optasse por viver de outro modo. Mas contra isso não podemos lutar e é por isso que digo que este é um problema deveras complicado e cada um tem que se guiar pela própria cabeça.

Anónimo disse...

Amigo Valdemar
Estive tentado a não fazer nenhum comentário a esta mensagem, pois é um tema que me é caro, e eu por norma gosto de escrever sobre casos concretos.
Então aqui vai: Tinha a minha mãe cerca de oitenta e cinco anos, vivia na sua casa, de dia ia para um Centro de Dia ali perto, fazia as suas coisas em casa, eu deslocava-me semanalmente á terra, nesses dias estava comigo, a minha mulher fazia questão de lhe deixar sempre comida para uns dias visto ela não engraçar muito com a comida do Centro de Dia.
A única « doença »que se lhe notava era a idade que já ia pesando.
Um dia chego lá fui direito á sua casa, como não estava perguntei á vizinha se sabia onde teria ido, a Srª olhou-me admirada, e disse-me: então não sabes que as tuas irmãs vieram cá e a levaram para o Lar?
Meus Amigos, fiquei atordoado.
Esclareço, que tenho três irmãs e duas fizeram isso, a terceira como eu também não foi informada,também esclareço que nos falávamos todos e não tínhamos nenhum problema pendente pelo que é incompreensivel, que se tivesse tomado esta atitude radical sem o conhecimento de todos os filhos.
Fiz questão de todos os Sábados a tirar do Lar levá-la para minha casa,e dar uns passeios com ela, não a trouxe para minha casa porque a minha mulher não tinha condições físicas para lhe poder proporcionar o bem estar que necessitava em especial a parte de higiene pessoal, pois já tinha que se lhe dar banho.
Deixei de falar com as duas irmãs até á morte da mãe a partir daí as coisas normalizaram.
Um abraço
Virgilio Miranda