sexta-feira, 13 de agosto de 2010

(Igreja) = Outros que Paguem a Crise


O João... terrasriomar.blogspot.com
Pesca em Espinho= marinheirododouro.blogspot.com

Preocupado com  "a pobreza e as desigualdades",  o bispo auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azeredo, desafiou "os políticos cristãos" a dar 20% dos rendimentos a um " fundo social", pois "aquilo que nós temos em situações de necessidade  não é nosso, é do bem comum; este é o principio da moral cristã".
     Ouvidos pelos jornais, os políticos, cristãos e não, ou se puseram de fora ou, não se pondo de fora, também não se puseram dentro ou, tendo-se posto dentro ficaram- se por  declarações de intenção.
     Começa a fazer escola-até, pelos vistos, na Igreja Católica-a demagógica ideia de que, sendo os políticos os responsáveis pela crise, eles que a paguem e não aqueles que engordam com ela.
    Há que reconhecer que a Igreja desenvolve já importantissimo trabalho assistencial, mas porque não ocorreu ao bispo auxiliar também a sua Igreja (que gastou 60 milhões num novo sumptuário templo em Fátima, ignorando-se quanto terá gasto com a visita do Papa) a dar 20% das receitas do santuário para o tal "fundo social"?
     Ou o "princípio da moral cristã de que "aquilo, que temos não é nosso" não se aplica à Igreja.

1 comentário:

Piko disse...

Quanto a nós, o problema dos donos das religiões é estar atentos para não perderem espaço ao mesmo tempo que "tentam furar" através de esquemas que vão montando, para que todos aqueles que continuam interessados em "comprar" na Terra um "lugar bom", que poderá ser no Céu e para o qual estão dispostos a contribuir durante toda uma vida com somas de dinheiro, que por vezes até poderá vir de proveniência duvidosa... mas que as igrejas nem perguntam, nem querem saber, porque os fins justificam os meios!...
Ainda hoje, os jornais divulgavam, que milhares de peregrinos entregaram ontem em Fátima, milhares de sacos contendo farinha para as hóstias que são ali consumidas durante o ano. Estamos a falar de várias toneladas de trigo que as autoridades deixam de tachar, coisa que não é permitida a nenhum outro português, por mais indigente que ele seja! Isto é, falam e apregoam que o país está a saque, que não há rigor e são os próprios a infringir e à descarada as leis dos homens e do Deus que será infinitamente bom, mas rigoroso e que não perdoará truques venham donde vierem. Certo?...
Enfim, esta gente também não convence e vive de expedientes, e, é curioso, que muitos de nós não aprecia que se toque nestas verdades, que são muito incómodas, dizem, que, enfim, mexe com a crença das pessoas, etc. e tal, coisa e tal...
Pois, parece-nos que é por sermos benevolentes e pouco rigorosos como povo, que temos a sociedade que temos, os governos que vamos tendo, os presidentes de câmara que temos, as igrejas que temos e isto porque nos custa a aceitar que só evoluindo no bom sentido, estaremos a ser melhores cidadãos, com a consequente melhoria das religiões, dos governos, das autarquias e das demais instituições.
É um erro pensar-se, de que quem fala assim está e é do contra. Puro engano! As religiões podem e devem existir, tal como os governos e os gestores de empresas, mas não sem regras decretadas pelo Estado, que na maior parte das vezes até existem, só que com a bandalheira que têm vindo a implantar em convivência diária com a Democracia deixaram de respeitar e de cumprir!
Aqui é que está o busílis desta coisa toda, que faz com que a nossa sociedade, apesar de mudar de governos e de presidentes como mandam os regulamentos democráticos, apesar de haver cada vez mais religiões que cada um segue ou não, apesar de existir uma imprensa e TVs livres, com todo o tipo de debates, desde os mais necessários aos mais fúteis... Apesar de tudo isto, temos uma sociedade a caminhar para o abismo, com um futuro preocupante, mas com uma maioria de pessoas despreocupada e uma minoria consciente e preocupada, que vive ostracizada e que ninguém quer escutar, porque as verdades doem e ferem bastante!...
Aliás, nós próprios sentimos que não somos ouvidos... É a nossa sina!
PIKÓ