sábado, 27 de novembro de 2010
Pobre do meu País
Hoje a Guerra aos Indios e outras traquinices
no BLOGUE
marinheirododouro.blogspot.com
Habitam num terreno à beira mar
Com casa antiga, cortes e quintal
Quem passa e olha fica a paletar
Sobre o portão um nome Portugal
Na casa em plena sala há um cofre de oiro
Com moedas e notas aos milhões
Vem loucos a olhar o seu tesoiro
Que a sua profissão é ser ladrões
A cruz quem no terreiro presidia
À Natureza em flor em seu redor
Foi abatida e espezinhada um dia
Com inútil objecto sem valor.
Milhões de Jornaleiros convencidos
Podaram e cortaram tudo a eito
Abriram avenidas sem sentidos
Viram-se nus depois de tudo feito.
Agora a multidão espoleada
Com fome, sem emprego e sem dinheiro,
Fartas de serem roubabadas, não tem nada
Apenas anseiam por um Patrão mais verdadeiro
Nas cortes Zurram burros asquerosos
E há porcos a fossar, o cheiro empesta,
Enquanto ratos gordosos mal cheirosos
Destroem à compita o que ainda resta.
Fora há trovoadas ventanias
E fantasmas cruéis e que se diz
Quem vem dar-nos paz e alegria?
Que desolado povo! Que país!...
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6 comentários:
Sim senhor!
Grande tirada filho da escola. Isto é que é poesia a sério e dava para uma das músicas do Sérgio Godinho.
Se publicasses esta poesia quando estávamos na Briosa... Ias de férias para o Tarrafal!
Não sei se estas quadras são antigas ou actuais, mas que se ajustam aos tempos que estamos a viver, lá isso ajustam.
Um abraço
Virgílio
Deixa os indios em paz
com eles não te metas
De muitas coisas és capaz,
deixas, defende perfeitas.
Em cofres doirados não penses
vai esquecendo os milhões!
A essa classe, a que não pertences
vai-te contentando com teus tostões.
A cruz que no terreiro não via
na natureza, também, havia dor,
Foi espancada quando não havia
porque era objecto sem valor.
Trabalhadores não convencidos
cortaram tudo sem qualquer jeito
Pela repressão não foram vencidos
tudo o que fizeram neste país foi perfeito.
Depois de muitas pessoas serem enganadas
do seu trabalho, outros, tiveram o proveito,
revoltadas por terem sido aldrabadas
Mal não fizeram, mas esperam pelo feito.
Na Assembeia os marotos
andam topeiras à superfície,
Dos esgotos que estão rotos
provocam toda aquela imundície.
Chegaram as tempestades
e vento sopra muito forte.
Queremos amor e não maldades,
para todos deseja a melhor sorte.
Percebo o desencanto e a revolta, mas o pântano é geral do sistema que nos governa cá no rectângulozinho e que passa pela Europa, depois dos States e só vai acabar na China, agora com grandes problemas a partir do momento em que os países ocidentais deixaram de efectuar encomendas! Ou seja, está tudo "preso" ao mesmo fio e sendo assim, só os índios bem no interior da Amazónia, irão continuar a sua vidinha, sem estes graves problemas do capitalismo selvagem que já envolveu a própria Rússia, sedenta de aderir ao Euro, segundo as últimas notícias...
Está uma EMBRULHADA que os espertos, em conluio com os inteligentes arranjaram logo no início do século XXI e cada vez dá para perceber melhor, porque os americanos fizeram questão de eleger Obama, deitando a mão ao impensável, como quem reza e diz:-» QUE DEUS NOS ACUDA!»
A economia americana estará de rastos e o efeito Obama, infelizmente, já estará a diluir-se... e é sintomático ver a administração Americana muito preocupada com o tal escudo anti-nuclear, podendo vir daí a tal guerra nuclear que todos afirmam não desejar.
Não é novo, os endinheirados gozam a seu bel-prazer e nem querem imaginar que podem incendiar o que ainda resta do Planeta e vem-nos à memória aquela prudente frase do velhinho padre, que no final dos anos quarenta previa com alguma convicção:- « ISTO COMEÇOU MAL, VAI ACABAR MAL!»
Pikó
Muito sinceramente não sei.
Acreditem que sou um apaixonado por essas coisa mas nã sei.
Acho po desafio tão aliciante e já tinha públicado um outro artigo e passeio para rascunho.
Eduardo eu ri-me tanto, tanto e tanto com os versos do Valdemar Alves que me parece interessantíssimo amanhã passá-lo para o Blogue e nos meus e-mailes vou lançara a pergunta. Ná deias a resposta até que eu teinforme.
Um abraço.
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