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Que Fidel Castro não deixa ninguém indiferente é óbvio.
Desta feita foi Diego Maradona a dizer, mais uma vez, que amava o lider cubano.
E apesar do estilo espalhafatoso do ex-futebolista, sendo "El Pibe" um argentino como Che Guevara, ninguém melhor para relembrar que "El Comandante" é uma figura que diz muito a toda a América Latina.
Ora em teoria Fidel está afastado do poder desde 2008, com o seu irmão Raúl agora à frente do regime de Havana. Mas nas últimas semanas apareceu seis vezes em público e no sabado até surgiu de uniforme, algo que não acontecia há quatro anos, quando se tornou notória a degradação da sua saúde.
O momento escolhido foi simbólico: uma homenagem aos mortos no assalto ao Quartel Moncada, em 1953, que apesar de ter falhado é visto como o primeiro passo para o triunfo da revolução comunista na ilha em 1959.
A data exacta do aniversário é hoje e especula-se se Fidel Castro também surgirá nos festejos.
Com intervenções políticas frequentes, sobretudo em artigo no Granma, Fidel dá a ideia de continuar a ter uma palavra nos destinos de Cuba.
Mesmo que tal seja apenas aparente, a sua sombra pairará sempre sobre Raúl, o novo Presidente, também veterano da guerrilha.
E dá impressão de que os passos à frente e atrás do regime, com opositores presos depois libertados, é uma consequência da indefinição que marca a liderança de Havana: em 2010 já sem Fidel, mas sempre com Fidel.
1 comentário:
Muito haveria a dizer acerca do regime cubano e nós que até acompanhamos o momento da queda do regime pro-americano de Fulgêncio Baptista, sem perceber aos 16 anos e sem formação política porque estaria a suceder tal desavença entre os cubanos!...
Só muito mais tarde, viemos a conhecer a história pelo que fomos lendo e pelos filmes que também nos ajudaram a perceber o que estava em causa e o porquê de Fidel ter encostado ao sistema soviético... De facto, aquela grande ilha das Caraíbas era uma coutada dos americanos e os jovens patriotas cubanos ajudados por outros jovens de outras nacionalidades, donde fazia parte Che Guevara de nacionalidade argentina, e, que, iria aparecer, mais tarde, como guerrilheiro e a combater nas margens do lago Tanganica, (Tanzânia) nos anos de 1966 e 1967, bem perto de Moçambique e do Niassa onde os meus amigos marinheiros se encontravam... Por pouco não se encontraram, porque dizem os escrivas que Guevara não terá gostado da forma desorganizada como se lutava em África e decidia partir sem deixar rasto à C.I.A., para um pouco mais tarde entrar clandestinamente na Bolívia com um outro grupo de guerrilheiros, bem disfarçados e com a finalidade de ali desenvolver uma guerra de guerrilha, que levasse à queda do regime militar pro-americano, mas onde veio a ser muito mal sucedido, acabando por ser morto às mãos da tenebrosa C.I.A., seus inimigos de eleição!
Outros escrivas vão adiantando que Guevara partira de Cuba devido a divergências com o novo regime cubano e onde chegou a ser ministro do Trabalho, mas isso nunca foi assumido pelo próprio. Pelo que é conhecido, sabe-se que CHE antes de guerrilheiro já era um idealista convicto, um verdadeiro produto da época da GUERRA FRIA, mas inconformado com a passividade do MOVIMENTO COMUNISTA INTERNACIONAL, que na sua óptica nem atava nem desatava...
Queríamos falar de Fidel e do sistema político cubano e acabamos a falar de Che Guevara, um verdadeiro ícone das revoluções não pacíficas!
Ficará para a próxima...
PIKÓ
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