sábado, 20 de novembro de 2010

Será defeito de Fabrico?

Filho de Burro, nunca pode dar Cavalo, pode isso sim, dar um Jerico maior!!!
Não conheci o meu avó materno, era a minha Mãe ainda muito Jovem quando ele faleceu, conheci a minha Mãe Chica, mas infelizmente já estava acamada, mesmo que ainda tenha recebido forte carinho dela que jamais esqueci. Faleceu quando eu ainda não tinha cinco anos.
Do meu lado Paterno, o meu avô um velho Pescador que adorava dormir e que nas alturas de fortes Invernias passava mais tempo na cama do que de pé. Mas em tempos de pescaria andava semanas a fio a dormir duas três horas por dia.
     O meu Pai, esse em tempo de pescaria, o sono para ele vinha muito depois. Trabalhava com Barqueiro nos Rabões, transportando carvão para o Porto  das Minas do Pejão. Quando o Caudal do Rio era grande e os Barcos eram transportados pelo Reboque comandado pelo Ti Zé Maria Vidal, ele fazia a viagem a pé do Porto a Sebolido 35 Klm para andar toda a noite a pescar e muitas vezes manhã cedo regressava de novo a pé até ao Porto. A doênça da Pesca dava-lhe uma super motivação,  era bem mais forte que ele.
  Quando não tinha que fazer! Era pessoa de se deitar a quando as Galinhas e se levantar ao cantar do Galo.
       Herdei do meu Avô Jaquim Guerguenteiro  a Doênça de estar na cama quando não tenho compromissos e o de não ter problemas de sono. Quando assumo algum compromisso esse mesmo sono e vontade de estar 10 horas na cama desaparecem, e muitas vezes aparentemente  coisas que até nem o justificavam a existência dessa preocuapção. A exemplo: uma qualquer viagem de Convívio, uma Entrevista a minha presença num evento qualquer. Conseguir passar pelas brasas, mesmo que sobressaltado duas a três horas já é uma eternidade.
 Logo tenho o compromisso de estar no Evento, foi motivo mais que suficiente para o sono ter ido dar uma volta. Não se justificava, até porque esteve até às duas da manhã a escrever e a relêr a minha intervênção que depois a  darei aqui a conhecer.
 Mal Incurável. Não há mesmo volta a dar-lhe. É mais forte que eu.
Costuma o meu cerebro nestas ocasiões trabalhar a uma velocidade super-sónica e trazer-me projectos para novas matérias  a desenvolver e ainda recordações do passado que se não me levantar para as registar, se voltar a passar pelas brasas elas conforme chegam,num ápice, também assim se evaporam. Então a forma de não as perder é levantar-me, o que confesso e por malandrice até nem tem acontecido.
Bem me dizia a minha avózinha que a conversa é como os raros. Se os raros quantos mais se matam, mais raros ficam, nas conversas quanto mais  se fala mais temos para falar e então para aqueles que como eu falam pelos cotovelos!!! É fácil descortinar a dificuldade que sinto em resumir e para mais quando considero importante quando queremos deixar claro um tema não nos devemos preocupar em resumi-lo os nossos amigos que nos lêm que o façam  se for caso disso.
  Eu que era para deixar aqui duas histórias passadas comigo na Armada, acabei por nem uma palavra mencionar a tal respeito. Fica a promessa que o farei em próximos capítulos.
 AMIGOS NUNCA MAIS TENHO CURA. ISTO É MAIS FORTE CA MIM.
Desculpem qualquer coisinha e aguardem pelas cenas a desenvolver num dos próximos capitulos.

14 comentários:

Tintinaine disse...

Pois é, ontem dormiste até ás onze, hoje tinhas que acordar cedo. Entende-se, tens o teu «preocupómetro» ligado desde que recebeste o convite para a sessão de hoje em Nogueira da Rejedoura. Vai correr bem, como de costume, podes ficar descansado.
E assim ganhámos mais um capítulo da tua inimaginável história e ficámos a conhecer a tua «Mãe Chica».
Um abraço!

Tintinaine disse...

Deixa-me voltar a entrar e falar noutra coisa...
Qualquer dia tens que explicar aqui o que é um «raro», pois a grande maioria dos portugueses não sabe o que isso é e, portanto, não entende a piada do ditado que a tua avozinha gostava de usar - Os raros, quantos mais se matam mais raros ficam.
Isto são coisas nossas, da gente do norte!

Valdemar disse...

Na verdade voçês aí dormem como um raio... Cada vez que abro o computador tá todo o mundo em Portugal "a xonar"... Hahaha!!!
Valdemar Alves

António Querido disse...

Manter a mente ocupada, é saudável como todos nós sabemos, mas a tua VALDEMAR, acho que a transformaste numa máquina em que o combustível não se esgota, em qualquer canto da NET lá está presente o VALDEMAR, mas não esqueças as tuas horinhas de sono, continua fico à espera das tuas histórias na Marinha!
E já agora, não sou do Norte mas conheço os raros, essa história é que é nova para mim!

Um Abraço

Observador disse...

Mais uma bonita historia do Valdemar, que me parece que «meteu água» nos «raros», suponho que queria dizer ralos, pois na minha terra também havia um ditado popular, onde se dizia: quantos mais ralos matam, mais ralos ficam, e estes bichos são como os grilos andam debaixo do chão e fazem um barulho infernal, os buracos que fazem diferenciam-se dos grilos, por serem duplos, enquanto estes fazem um só buraco.
O Valdemar dirá se foi erro de escrita ou se existirá mesmo o «raro».
Um abraço
Virgílio

Edum@nes disse...

Se mais não tens cura?
Quando é mais forte ca ti,
Na próxima sem procura,
Deixa tua história aqui.

Com sucesso vais vencer,
tens orgulho no que fazes,
No Douro vez o sol nascer?
Nem precisas de cartazes!

Agostinho Teixeira Verde disse...

O Virgilio tem toda a razão! Esses ralos cortam diversos cereais impedindo-os quase de nascer e alguns estado vegetativo mais adiantado. O casa mais flagrante é o do milho. Chegavam a devastar sementeiras, deixando "raleiras" enormes, sem poderem ser refeitas dessa catástrofe de bicharada.
Mais tatde aparecem os pesticidas para combater essa praga.

Há uma certeza, porém
Quanto mais ralos se matam
Contas feitas por alguém
Mais ralos ainda ficam
Pois os que morrem
É natural que abdicam
Ao milho não acorrem
E, jamais o picam...

Agostinho Teixeira Verde disse...

Também um filho de burro,jamais será cavalo.
Os cavalos e as éguas são filhos de cavalo e égua.
Os filhos de burro e égua ou de cavalo e burra ficam traçados e são considerados "mus, mulas ou mulos. Estes animais traçados, depois não conseguem dar criação. Daí o conceito de que aquela mulher sem filhos, se mantem sempre como uma mula...sem ofensa!

Valdemar Marinheiro disse...

Quando os políticos corruptos forem raros!!! Quanto mais desses raros se matarem. Mais raros ficam; "Certo?"ou seja o seu extermínio total para bem dos portugueses, está próximo.
Taambém pode ser de um regador que serve para regar as plantas etc. Ralo . ralador, o fundo do crivo ou da peneira etc, etc. ou ainda:- Ralo = rala, ralo= embracação Indiana, ou Ralo= adj (pop).raro
Companheiros :- Cada terra com seu uso. Cada roca com seu fuzo. Como Vêm também foi um teste para ver se andavam distraídos.
Ó Carlos agora tira a tua conclusão!!!:- Ainda continuaas a pensar que a tropa está desmobilizada? É o estás, activissimos nos seus postos de sentinelas e bastou tu gritares sentinela alerta e aqui está a resposta:- Alerta está. Que grande felicidade podermos contar com soldados destes e assim não se justifica no dia de hoje haver mais Generaais no Éxercito que no tempo da grande Guerra ou das Guerras das Ex-Colónias.
A minha Mãe Chica utilizava esse nome a um bichinho pequenino existente no campo e eu sempre o tratei por esse nome. O dicionário popular que a minha avózinha utilizava era o que a sua avôzinha lhe tinha doado.
Vamos saír ainda daqui uns catedráticos em Português.
Fico feliz Virgilio por como marinheiro ainda meter água, não surpreende porque sou abstinente.
Acreditem que adorei o meu reconhecimento.
Foi maravilhoso este tocar a postos de combate.

Edum@nes disse...

Lá na minha aldeia, ainda eu era muito jovem e os mais velhos, diziam para mim adivinha lá esta, vão três ralos por um caminho, matas um quantos ficam. Eu respondia ficam dois?
Eles diziam não fica um, o que mataste, porque os outros dois contunuam a andar!

Valdemar Marinheiro disse...

Gostei.
Vai ao encontro daquilo que eu digo em cima.
Cada terra com seu uso cada Roca com seu Fuso.
Seja ralo ou raro o importante é que fica provado que a amizade e compreensão entre todos saíu reforçada sem vencidos nem vencedores. Acredito que os comentários ainda não vão ficar-se por aqui o que é super maravilhoso.
Este sabado para mim foi super motivador. Começado essa felicidade aqui no blogue.
Como é bom assim continuar a viver.
Um abraço para todos e até já.

Tintinaine disse...

O defeito, se calhar, é de de o Valdemar e eu termos nascido em terras bastante próximas. Sim, porque na minha também se chama raro a esse bichinho destruidor dos milheirais de que fala o Verde.
Com cabeças blindadas e duas valentes tenazes na frente, têm muitas vezes mais força que uma escavadeira Catterpilar, salvaguardando a diferença de tamanhos, é claro.

Edum@nes disse...

Os marinheiros revolucionaram
Os blogues na internet,
Do Exército não acompanharam
Pelo romantismo foi Garret.

Do meu Batalhão falo
Com muita tristeza,
Procuro sem encotrá-lo,
Muito triste a realeza.

Nesta coisa de comentários
Se não fossem os marinheiros,
Seriamos apenas primários,
Na terra e no mar são sempre os primeiros?

Valdemar Marinheiro disse...

Aqui não há Naufragos. Somos Marinheiros que nos aviamos em terra e curiosamente, é, que encontramos membros para reforçar a guarnição, que não tendo ligação ao Mar, mas que nos obrigam a pensar sériamente antes de darmos um mergulho sem retorno.
Todos temos uma enorme tarimba.
O exemplo é evidente: há aqui dois dos mais brilhantes comentadores e estas opiniões são generalizadas e referem-se ao Nunes e Pikó.
Tenhos ali várias fardas e só posso utilizar uma, a continuarem assim ainda vou ter de as ceder a outros, e vão acabar por não chegar e iremos ter de fazer rotatividade.
Os Blogues são partilhas e como tal de todos e que no meu caso recebo muito mais do que aquilo que ofereço.
Continuem sempre com essa força.