domingo, 27 de junho de 2010

O Douro em Cancelos/Sebolido e as suas Gentes

Permitam o reconhecer porque é de inteira justiça; tudo isto só foi possivel por obra e empenhamento do Carlos Tintinaine.
  Um Abração aos Filhos da Escola e a todos os colaboradores e leitores dos Blogues.
  Toda esta força, só é possivel pelo forte empenhamento de todos.  Grato reconhecimento.
Valdemar Marinheiro

Poemas do Agostinho Teixeira Verde
Não há grandes nem pequenos!!! Há os Poetas
Um Rabão carregado de carvão de minério das Minas do Pejão = Rio Douro

Quatro Pescadores com a sua rede de nome Varga; dirigem-se para o Areio D´Ortos
Para a Pesca de Sável e Lampreia= Também fui Pescador ali.

   Na margem de frente do seu lado ersquerdo da povoação de Midões, existia um areio onde se pescava  ao Sável e Lampreia e no Verão o Peixe miúdo
O Douro em Cancelos/Sebolido e as suas Gentes
I
Quem for a Sebolido
E, atracar em Cancelos
Pode crer, à beira-rio
É dos locais mais belos
II
Não é só aquele lugar
São também as suas gentes
Que têm naquele rio invulgar
Óptimo celeiro de sementes
III
Cuja seara é de amor
Que muito se cultiva por ali
Regada pelo rio com fervor
Que eu presenciei e senti
IV
Margens verdes, com flores
E, muitos outros arbustos
Este rio também provoca dores
Quando causa alguns sustos
V
Na sua corrente forte
Vinda da vizinha Espanha
Tangida pelo vento do Norte
Oh água que trazes manha!
VI
Se pensarmos na tragédia
Surgida em Entre-os-Rios
Daquela triste enciclopédia
De numerosos calafrios
VII
Dia nefasto, cinzento
Quem esperava tal desastre?
Do infortúnio tormento
Que culminou em catástrofe
VIII
Agora, vendo no Memorial
O Anjo com sua ternura
Parece querer tornar imortal
Aquela noite, longa e escura
IX
Passam os dias, meses e anos
A mágoa, essa, entranha-se mais
Porque na dor, causou danos
Lutos, soluços, pranto e muitos ais
X
Quem sabe, até que ponto
Sem poder bradar apelos
Passaram mortos, qual tronco
Roçando a margem em Cancelos
XI
Que o povo muito atento
E, destro em vigilância
Ia sufocando o lamento
E, perdendo a esperança
XII
De encontrar alguém vivo
Que trouxesse algum conforto
Mas aparecer em Sebolido
Nem vivo, nem morto...
XIII
Que na labuta titânica
Desse valente povo
Com sua força dinâmica
Onde reagir de novo
XIV
Mostrando o seu ideal
Apesar destes revezes
É assim Portugal
São assim os Portugueses
XV
Que têm nos Dourienses
Uma esperança renovada
Cuja força dos seus dentes
Seguram a Bandeira defraudada
XVI
Bandeira das quinas e castelos
Da esfera armilar à sua raíz
Saudo o povo de Cancelos
Viva o nosso País!...
Reconhecidamente pelo contributo dado.
 Mais este maginfico trabalho que serve para homenagear a memória de todos aqueles que de uma outra forma se ligam aos Rios.
Na Terra Canta-se = No Rio ou Mar dança-se.
    Obrigado meu Rio.
    Um Abraço Fraterno ao Lago Niassa e Metangula.


3 comentários:

Tintinaine disse...

Tu nunca te cansas Valdemar!
Hás-de confessar-me qual o combustível que usas!

lmdoliveira disse...

Valdemar.
Gostei da "cabrada"

Observador disse...

Também me pergunto, tal como o Tintinaine, que combustível utilizará o Valdemar, antigamente havia uns objectos que eu utilizei enquanto padeiro, que se chamavam salvo erro gasogénios, e que funcionavam com umas pedras e sobre as quais ia pingando agua e era assim que dava luz por muitas horas, talvez seja esse o combustível usado pelo Valdemar.
Um abraço Virgilio