domingo, 20 de junho de 2010

Cristãos e Pescadores não-praticantes.

Ser católico não-praticante, 
É mais ou menos como ser pescador não-praticante.
Há um conceito que cada vez mais prolifera no Mundo contemporâneo e que me deixa intrigado.
     O católico não-praticante é aquele que, acreditando e aceitando os dogmas da Igreja, não participa em qualquer celebração.
     Estou em crer que este imaginativo conceito situa-se entre aqueles aos quais professar a sua religião é uma manifesta perda de tempo e aqueles que não gostam de dizer que não são católicos. Se não vejamos: uma pessoa que, num grupo de amigos, se assume como "não católico" tem irremediavelmente à perna uma lista de questões inteligentemente pensadas pelos seus amigos que pretendem ver o mais recente hereje enfiar-se pela cadeira a baixo.
      Ser católico não-praticante é mais ou menos como ser pescador não-praticante. A pessoa gosta da pesca, de conversar com os amigos enquanto vê a truta a tentar livrar-se do anzol, mas não pratica.
     Poder-se-ía pensar que o pior estava dito, mas não. Este conceito foi crriado pela Igreja quando se apercebeu que os seus fieis estavam a desaparecer e devidamento aproveitado por todos aqueles que privilegiam uma qualquer outra actividade laica.
     Aos católicos não praticantes, para além das vezes que entram numa igreja para ir ao baptizado do sobrinho e ao casamento do vizinho, façam uma coisa: assumam-se ateus, agnósticos ou qualquer outra das muitas hipóteses disponiveis, mas não sejam hipócritas.
  (com a devida vênia a Luis Alves  j_luis_miguel@hotmail .com
   O Texto a cima públicado revejo-me nele e sei quanto me foi penoso  ter assumido a minha não crença religiosa. Pelo que o apelo para acabar com a hipócrisia tem toda a fundamentação.

2 comentários:

Piko disse...

Já tive oportunidade de emitir a minha opinião no que diz respeito aos católicos não praticantes; nem necessito de saber qual é a opinião oficial ou não oficial da igreja Católica... Se não pratica é porque não quer, para mais vivendo neste país, onde sempre proliferaram as igrejas, capelas, para já não falar em mosteiros e onde os bispos, padres e diáconos estão ao serviço dos crentes.
O que acontece e que não está certo é que os chefes desta religião - possivelmente nas restantes religiões será idêntico - utilizam o truque de fazer o baptismo, logo após o nascimento, quando o bébé nem sequer sabe o que lhe está a suceder, com o fim de "amarrá-lo" em definitivo a essa mesma igreja. Ás vezes até pode dar certo, mas em alguns casos acontecem as rupturas e era uma vez... Deu-se comigo e com o meu conterrâneo Valdemar foi igual, e, não venham agora com a matreirice de nos culpabilizar por nos terem baptizado quando teríamos um ano de idade, mais coisa menos coisa... Nem perco tempo com isso, mas às tantas continuam muito ciosos do seu papel a contabilizar-me como católico, apostólico e ROMANO, quando e só me considero PORTUGUÊS e com muito orgulho, diga-se!
Muita coisa está errada nestas religiões dos homens, que vão sobrevivendo na base de truques e depois ficam muito ofendidos, quando aparece um mortal a dizer o que lhe vai lá dentro e "cai o Carmo e a Trindade"...
Se em primeiro de tudo procurassem arrumar a casa lá no Vaticano é que "andariam nas horas", mas isso não fazem os Papas nem os Cardeais...
Ao ler uma das últimas obras, ( VATICANO S.A.) que revela a mão do Vaticano nos bastidores dos jogos políticos e financeiros em ITÁLIA, claro, fiquei um pouco mais elucidado, não sendo para mim uma grande novidade!
E fico por aqui, sem antes reafirmar que "CATÓLICO NÃO PRATICANTE" não é uma religião, porque não é nada! CATÓLICO PRATICANTE é uma religião!
PIKÓ

Anónimo disse...

Já me intitulei de católico não praticante, pelo facto de ser baptizado e casado na Igreja, e por ser um costume enraizado, mas concordo que não será uma designação correcta.
Agora essa do Pescador não-praticante, aplica-se á minha pessoa na totalidade, pois sou daqueles, que faço o lançamento e por lá fico a observar a paisagem, sem me preocupar muito se pica ou não pica, até que algum peixito se digne aparecer por lá.
Um abraço
Virgilio Miranda