terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Moçambique 1ª Guerra 1914/1918

ESBOÇO
Já leva mais de 40 anos que o guardo, certo que não o comprei a nenhum alfarrabista, mas sim guardeio, dos muitos que havia na Biblioteca de Bordo do  Destroyer N.R.P.Vouga, e da qual em fui responsável, quando o mesmo foi abatido ao serviço efectivo da Armada.
      É seu Autor, um combatente em Moçambique, na primeira Guerra Mundial.
      Guardeio e várias vezes o li, pois muitas vezes serviu de tema de conversa com um Tio meu que foi combatente em França e outro amigo em Angola, de onde regressou antes de a guerra terminar, por ter sido ferido pelas tropas Alemãs.
       Dizia-me o meu tio, que em França diziam os Soldados Franceses.Uí, Uí, compravion, Portuguê, Portuguê Raplinipon.
      Dizia ele que os sodados  Franceses se queixavam aos seu superiores que os soldados portugueses lhe roubavam o pão todo.
     Não resisto, e com a devida vênia transcrever alguns extractos, para que melhor se possa perceber que procedimentos e reconhecimentos desta Guerra, compará-los, àquela que terminou em 1974 são copiados com total rigor.
PAZ À SUAS ALMAS
Como as grande árvores, quando abatidas, são sempre maiores do que pareciam antes, também ao ser humano acontece o mesmo fenómeno; só quando desaparece da vida um grande homem é que se nota, se vê, a grandeza da falta, o vazio que fica.
      Sentem-no com muita dor os seus companheiros.
       Pelo que ficam gravadas estas palavras que falam por mim e por aqueles camaradas, transladando ao vivo a nossa mágoa.
     À memória de todos os combatentes que ficaram, sepultados uns, desaparecidos outros, no solo abençoado de Moçambique, cujo sangue alicerça aquela ex grande Província, e à de nossos Pais, cujos exemplos de camaradagem e de patriotismo foram a melhor lição que nos poderiam ter dado.
     Não há nada no mundo, mais puro, mais profundo, do que o culto da familia.
     A familia é o Santuário das tradições, como dos costumes.
     Todos os que morreram pela  Pátria, não deviam morrer, deviam transfigurar-se  e constar na galeria da HISTÓRIA    

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