quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Rio Zambeze = III = Sporting Clube Espinho - Futebol


Cardoso, estaria longe de imaginar o que o viria a ferir profundamente

Navegando com no paquete Angola de Nacala para Lourenço Marques
O Delfim natural de Gondomar, mas que não esteve no naufrágio

Solicitação:-
Aconselho vivamente que se comece a leitura deste tràgico naufrágio o maior de sempre com militares portugueses. Começar a leitura abaixo na Parte 1, e se siga a sua ordem, Tragédia rio Zambeze, parte 2, e parte 4. Obrigados e todos os depoimentos adicionais serão de valor Histórico.
Homenagem às Memórias dos que lá morreram, e a quantos já morreram posteriormente, todos os que vivem, desejo as maiores felicidades que bem merecem, e que a dor que carregam, já lá vão quarenta e um anos, dos golpes incuráveis que lá sofreram, que continuem a lutar com todas as suas forças, para a suportarem até ao do fim dos seus dias. Tremendamente difícil, mas não impossivel, e agora e cada vez seremos mais partilhar a vossa dor.
Um Bem hajam, o meu reconhecimento e a minha admiração.
Certo que tudo o que viermos a conseguir fazer, serão sempre umas pequenas migalhas, para o que vocês merecem, pela vossa heroicidade, mas seguramente admito serem para vós muito mas mesmo muito importante
Pode os homens que comandam este nosso País, não vos vir a reconhecer nunca, mas a história não deixará que o Nosso Portugal vos esqueça.
Sabemos e por ela lutamos que a nossa Pátria é justa, e que a nossa Terra é boa,podendo nela haver algumas sementes fracas, e porque vão sendo alimentadas ainda proliferam, mas que serão seguramente um dia esterelizadas.
A força da razão, acabará por vencer a razão da força

A minha sentida Homenagem ao Amigo Jardim e a todos os que lá pereceram



Segundo o testemunho que me forneceu o meu conterrâneo e meu amigo de peito Manuel da Rocha Cardoso, todas as vezes que falamos deste assunto, e foram muitas vezes, o que sai muito em primeiro, são as últimas palavras e únicas que trocou neste caso com o seu grande amigo Jardim:
Quando o Batelão se começou a afundar um Sargento irritadissimo vê numa fotografia da filha e desabafa de que vale se eu vou morrer edeita a foto ao rio, de seguida puxa pela máquina fotográfica Canon e repete o anteior e deita a máquina ao rio também. Felizmente que este Sargento viria a sobreviver.
Logo de seguida fala o Jardim e fala:
Ó Cardoso, vou morrer!
Cardoso:
- Oh Jardim, eu não posso fazer nada!
Porque não podia mesmo.
Estes dois casos foram a forte razão para que o Manuel de imediato se atirasse ao rio, sendo segundo o que pensa ter sido o primeiro a fazê-lo.
     A referência que o Manuel tem era a de que se tratava de um jovem jogador do Sporting Clube de Espinho e que seria de lá. Informações posteriores que recolhi, será afinal de S. Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia, freguesia que faz fronteira com a cidade de Espinho. Em dados recolhidos junto a responsáveis do clube e do Jornal Defesa de Espinho, pude confirmar que estas informações de que dispunha o Cardoso correspondem à v erdade.


Sporting Clube de Espinho Vencedor Taça Cândido dos Reis 1967
Carlos Zenha dos Santos Jardim o 2º da esquerda para a direita na primeira fila.
Moinhos- S. Félix da Marinha - Vila Nova de Gaia
Vendo-se a seguir Capitão-Mor com a mão em cima da bola e que foi o marcador
     O Jardim, rapaz oriundo de uma familia fracos recursos, sendo que sua Mãe trabalhava na Fábrica de Fundição em Espinho. Inciou-se como jogador de futebol no S. Félix da Marinha e transferiu-se para o Sporting de Espinho, onde entre outras coisas jogou contra o União de Lamas e que os Espinhenses ganharam por quatro a zero. Por imperativos militares, não pode estar presente na meia final em que o Espinho foi ganhar ao Salgueiros no Vidal Pinheiro por duas bolas a uma.
     Tal como Capitão -Mor teriam sido pedras vasilares, para a brilhante carreira que culminou com  a conquista da Taça Ribeiro dos Reis.
     O embraque para Moçambique e o  afogamento roubaram -lhe a oportunidade de uma carreira brilhante e que hoje poderiamos estar a falar de  uma das maiores glórias do futebol português.
              Só se morre, quando deixamos de estar no coração de alguém

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