Dever Cumprido
Devo confessar que estava longe de poder imaginar que quando o Tintinaine abordou o problema do trágico naufrágio de Mopeia, ele viria a juntar num àpice tanto historial, lamentável, que há mais de quarenta anos homens que viveram esse drama, nunca tivessem tido a oportunidade de despejar o saco, e assim poderem libertar-se dessa carga atormentadora e essa cruz que carregam nestas quatro dezenas.
Durante anos carreguei uma cruz tremenda, consegui levá-la ao Monte do Calvário e consegui lá deixá-la, por isso, sei quanto importante se torna, termos alguem com quem podemos despejar o saco, e ficarmos libertos, não, para esquecer o passado ou os sentimentos, mas sim para que posssamos limpar as nossas mentes, e juntarmos todas as forças de que dispomos e são muitas, e que assim nos seja possivel minorar o sofrimento.
Movido pelo a cima exposto, não sei se os amigos mesmo me dizendo que sou um homem fortissimo, por ter vencido duas dependências, "o tabaco e o àlcool", interrogo-me se teria forças para vencer este isolamento e carregar essa cruz de sofrimento que já leva quarenta anos. Vou Sabado falar com o Agostinho, o sentinela que foi alertado por um camionista "que soube ou se apercebeu da tragédia", e sei que calmamente, certaente por não conhecer as dimensôes da tragédia o Sentinela se movimentou calmamente. Sei tambem que foi um elemento espectacular e solidário, o que em muito ajudou os sobreviventes.
Vou ter uma honra imensa em o conhecer, apesar de ter parado algumas vezes no mesmo café e viver a uns escassos cinco quilómetros , só quando dei início a esta pesquisa, tive conhecimento do papel importante que desempenhou, e fiquei saber que ele tinha ajudado o Cardoso.
Quem bem faz. Bem recebe
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