sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Lanchas no Niassa

TAL COMO NO ANO DE 1969 COM A PARTICIPAÇÃO DO DFE5
Não há duas Maravilhas sem três
 Dia da Marinha em 1970, celebração em Metangula/Lago Niassa/Moçambique
Gentilmente cedida por um Marujo apaixonado Valdemar Alves do seu album de Recordações
Que lá longe nos confins do Mundo não esquece


Marinha, Lago Niassa e Monte- Foto para deslumbrar
     A Marinha  é a primeira, não só porque é a mais antiga, mas  porque no tempo soube honrar os pergaminhos dos seus antepassados. Foram-se criando  tropas especiais dentro da própria tropa, que  sem conhecimento e incentivos de dicas de irresponsabilidade,  mas as gaivotas, souberam honrar e justificar porque eramos mesmo os da vanguarda.

    Transporte de Lanchas para Metangula/Niassa
     A escola que nos foi ministrada sempre nos orientou no sentido de dar a Cezar o que é de Cezar e não ter qualquer complexo em reconhecer o papel preponderante de homens que muito sofreram, para que podessemos desfrutar de bens importantissimos.
 Desses bravos militares pode destacar-se a primeira Companhia de Comandos formada em Moçambique na Namaacha dos quais veio a fazer parte o Alferes Miliciano Cabral Sacadura que tinha chegado a Moçambique em finais de 1963, na Companhia de Caçadores 598.
     Segundo o seu testemunho em Despertar na vida. Relata:-
     Estive uma vez num transporte de barcos por terra.   Tinhamos que levar lanchas de desembarque por terra e pô-las no Niassa. A maneira como as passámos é histórica: destruíamos as pontes, construiram-se castelos com as travessas dos caminhos-de-ferro e passávamos as lanchas em tracção manual.
 Depois íamos à outra ponta e fazámos a mesma coisa.
 As lanchas eram da Marinha e iam servir para o patrulhamento do lago Niassa.
 Andamos por todo o Moçambique até que, às tantas, falimos.
Lembro-me que na Missão do Cobué, na base de Metangula, que era uma base de fuzileiros navais, deram-nos uma garagem para dormir e dormiamos no chão.
 Queriam que fossemos fazer uma operação, mas eu tinha 54 homens doentes...estavamos podres.
Sabendo-se que as primeiras lanchas a chegarem,  desembarcaram  no porto do Lumbo, próximo da Ilha de Moçambique, sendo a LFP Castor e duas de desembarque médio LDM

Muitos de nós guardamos gratas recordações dessas Lanchas, e ao recordá -las e citar  aqui este testemunho é uma forma de  homenagear todos quantos participaram nessa missão.
     Sendo que no ano de 1966 chegaram as LFP Regulus, Marte e Mercúrio, mais duas LDM e uma LDP, sendo que finalmente em 1967 vieram as LFP Saturno e Urano e ainda uma LDM.
      No total a Marinha dispôs no Lago de cinco LFP, quatro LDM e três LDP, tendo as últimas sido desembarcadas no Porto de Nacala

5 comentários:

lmdoliveira disse...

Valdemar
Sei que a lancha que está á popa da 701 e a Marte, a 701 não me lembra, sabes o nome?

Valdemar disse...

A 701 parece-me sêr da Marinha do Malawi que vinham a Metangula de vez em quando... Será?!?
Valdemar Alves

Tintinaine disse...

Também sou dessa opinião. Não tenho a certeza absoluta, mas juraria que todas as LFP's tinham números acima de 1000.

irlando disse...

Fui furriel miliciano, da Companhia de Eng.521 que chegou a Vila Cabral em finais de 1963,conheci
bem toda a zona do lago, de Meponda a Metangula onde tinha amigos marinheiros.Foram muitas as estradas que abrimos,assim como pontes e pontões que construimos,em todo o distrito do Niassa.
No entanto como,a conversa é sobre lanchas,
lembro-me que no inicio de 1966,fui destacado para
reforçar todas as pontes e pontões,na estrada Vila Cabral-Meponda,para que as lanchas da marinha passassem em segurança.Se a memória não me falha,eram 3 lanchas e tinham o nome de "código" Castor.Foi um trabalho muito difícil devido à situação de insegurança que se vivia na altura.
Convido-o a fazer uma visita ao blogue "Serra Mecula"
Os meus cumprimentos
Irlando Tavares

Anónimo disse...

A 701 é a SMR John Chilembwe, a 1134 a NRP MARTE e a que está ao seu lado é a SMR CHIBISA